segunda-feira, 12 de abril de 2021

Foi por pouco resultado final de 9-10


Foi por pouco

No jogo deste fim de semana, defrontaram-se os dois últimos da tabela classificativa do Campeonato Nacional da Honra, C. R. Arcos de Valdevez e R.C. Montemor. Os visitantes levaram a melhor com a vantagem tangencial de um ponto, com um resultado final de 9-10, num jogo muito disputado, e com bons apontamentos.

O jogo começou como acabou: equilibrado. Em períodos alternados, CRAV e R.C. Montemor dominaram territorialmente e a nível de posse de bola. Em termos estatísticos, terá pendido para o CRAV alguma vantagem neste domínio, mostrando maior iniciativa de jogo e períodos mais prolongados de domínio territorial. No entanto, sensivelmente a meio da primeira parte, o R.C. Montemor marcou um ensaio, aproveitando uma recuperação de bola e desenvolvendo o subsequente contra-ataque, naquele que será o único ensaio do jogo. O CRAV reagiu, procurou tomar conta das operações e chegou mais perto da linha de ensaio. Nesta toada de insistência, a equipa visitante foi obrigada a cometer erros, que valeram ao CRAV a redução para 3-7 por conversão de uma penalidade, que selou o resultado ao intervalo.

Na segunda parte, sentiu-se uma maior pressão ofensiva da equipa da casa. Grande parte do jogo foi disputado no meio-campo da equipa de Montemor, com alguma supremacia dos minhotos. Este esforço valeu-lhe ultrapassar a linha de ensaio por duas vezes, mas sem validação da equipa de arbitragem, que considerou que a bola não foi pousada pelo jogador arcuense envolvido. A esta maior iniciativa de jogo, o R.C. Montemor respondeu com uma defesa muito organizada e muito forte nos despiques individuais, que dificultava a progressão no terreno dos arcuenses, que, apesar das dificuldades, conseguiram inverter o resultado. Beneficiando e duas penalidades, os arcuenses conseguiram, concretizar duas penalidades (9-7) que premiaram o seu esforço e castigaram a equipa alentejana.

No entanto, nos minutos finais do jogo, o R.C. Montemor criou duas ocasiões de muito perigo quase conseguindo o ensaio. Nesse período de reação, a equipa arcuense cometeu uma falta, que foi convertida e ditou a vitória dos visitantes. Já no término do encontro, a reação arcuense esbarrou contra o rigor defensivo da equipa alentejana, e já o grande desgaste dos visitados (foi um jogo muito intenso) não permitia a lucidez necessária para conseguir pontos em tão pouco tempo num jogo tão equilibrado.

Em termos de balanço final, o resultado premiou a organização defensiva do R.C. Montemor e castigou a inexperiência da jovem equipa do CRAV: é um grupo cuja evolução é visível, com uma maior organização coletiva e maior estabilidade nas formações estáticas, mas que nos momentos decisivos não consegue os pontos. No próximo fim de semana, o CRAV deslocar-se-á a casa do S.L. Benfica, que vive um momento menos bom, tendo perdido uma semana antes contra esta mesma equipa do R.C. Montemor por 34-8.

Fonte: CRAV 


domingo, 11 de abril de 2021

HÉLIO FUMO E MARISA VIEIRA SÃO OS NOVOS CAMPEÕES NACIONAIS DE TRAIL

 

Hélio Fumo e Marisa Vieira foram os grandes vencedores do Campeonato Nacional de Trail, que se realizou este fim-de-semana nos Trilhos do Pastor no concelho da Batalha. A competição de corrida a pé na natureza foi disputada por cerca de 400 atletas, que superaram um percurso exigente com 35 quilómetros com 1.600 metros de desnível positivo pela Serra d’Aire e Candeeiros e pelo maciço calcário estremenho.

Hélio Fumo, da equipa Runners do Demo, foi o primeiro atleta a cruzar a meta localizada na aldeia Pia do Urso, ao cabo de 2 horas 57 minutos e 55 segundos, sendo seguido por André Rodrigues, da Team Trail Bifase, a 38 segundos, e por Dário Moitoso, do Clube Independente Atletismo Ilha Azul, a 2 minutos e 26 segundos. Numa prova muito disputada, o novo campeão nacional de trail fez a diferença nos últimos três quilómetros da prova, depois de uma série de ataques entre o trio da frente. Hélio Fumo conquistou, assim, o título de campeão nacional de trail, que engloba provas até 42 quilómetros.

Na competição feminina, Marisa Vieira, da equipa FurFor Running Project, assumiu a liderança logo na partida e correu toda a prova de forma isolada, conquistando o seu primeiro título nacional na distância com um tempo final de 3h40m24. A luta pelos outros lugares do pódio foi acesa, com Lucinda Sousa a conquistar o segundo lugar, a 7m09s da vencedora, e Nádia Casteleiro, da Oralklass – Amigos do Trail, a fechar o pódio a 8m22s. De realçar que a prova feminina contou com quase uma centena de atletas,

O Campeonato Nacional de Trail foi coorganizado pela ATRP – Associação de Trail Running de Portugal, em articulação com a Federação Portuguesa de Atletismo, e pela Câmara Municipal da Batalha.  Prova teve a corresponsabilidade técnica do Atlético Clube de São Mamede e a colaboração da Junta de Freguesia de São Mamede.

trail running é uma das modalidades em maior crescimento a nível mundial, inclusive em Portugal onde se estimam mais de meio milhão de praticantes. A modalidade consiste na corrida a pé em trilhos e na natureza, sendo uma disciplina do atletismo.

Team Trail Bifase e Montanha Clube Trail Running triunfam por equipas

Além da competição individual, o campeonato realizado nos Trilhos do Pastor atribuiu também os títulos nacionais de equipas. O Team Trail Bifase conquistou o primeiro lugar, beneficiando das classificações de André Rodrigues (2º), Miguel Arsénio (5º) e Nuno Silva (14º). Em segundo lugar ficou o EDV – Viana Trail, com Rubén Veloso (6º), Paulo Mesquita (9º) e Pedro Barros (15º), e em terceiro os Runners do Demo, com o novo campeão nacional Hélio Fumo, Nélson Santos (11º) e José Ferreira (23º).

Na classificação feminina de clubes o primeiro lugar foi para o Montanha Clube Trail Running, com Joana Esperanço (9ª), Jocelina Ferreira (15ª) e Diana Elias (19ª), e o segundo lugar para o OCS – Arrábida Tral Team, com Fátima Silva (12ª), Vera Reis (21ª) e Estela Martinho (27ª). O terceiro lugar do pódio foi conquistado pela da Oralklass – Amigos do Trail, com Nádia Casteleiro (3ª), Júlia Fernandes (24ª) e Adriana Dias (44ª).

O Campeonato Nacional de Trail decorreu num percurso constituído maioritariamente por trilhos técnicos, estradões e carreiros nas serras e vales do Parque Natural das Serras d' Aire e Candeeiros e do maciço calcário estremenho. Os atletas percorreram locais únicos como a Pia do Urso e respetivo Eco Parque Sensorial, o Reguengo do Fetal, o Buraco Roto, a aldeia milenar de Alqueidão da Serra ou a Escarpa de Falha do Reguengo do Fétal. O percurso inclui a passagem por alguns dos pontos mais altos da região, os quais permitem vistas espetaculares de Fátima, com o seu Santuário, da Serra da Lousã, da Serra de Aire e Candeeiros e, inclusive, das ilhas das Berlengas.

Fonte: ATRP – Associação de Trail Running de Portugal

Fotos: Matias Novo