domingo, 5 de janeiro de 2025

Sortes diferentes na equipa Franco Sport na primeira etapa do Dakar 2025


Se a dupla Pedro Gonçalves/Hugo Magalhães conquistou um positivo 28º tempo, na categoria Challenger, na etapa de abertura – e de estreia para ambos – do Dakar 2025, Mário Franco e Rui Franco perderam mais de duas horas, na sequência da quebra de um triângulo da suspensão do X-Raid YXZ 1000R. Um início de prova verdadeiramente infeliz para os pilotos da Franco Sport. Já António Maio (Yamaha WR450 RALLY) foi o 34º mais rápido, entre as motos.

A estreia no Dakar está a decorrer de forma positiva e sem sobressaltos para a dupla Pedro Gonçalves/Hugo Magalhães. Aos comandos do X-Raid YXZ 1000R inscrito e assistido pela Franco Sport, os pilotos estabeleceram o 28º melhor tempo da etapa entre os protótipos SSV da categoria Challenger.

"Missão cumprida!”, sublinhou Pedro Gonçalves, à chegada ao bivouac, localizado na cidade saudita de Bisha. “Até ao km150, a etapa decorreu de forma tranquila e a um bom ritmo. Logo a seguir caímos numa armadilha de navegação, juntamente com outras equipas e andámos perdidos cerca de 10 minutos. Quando regressámos à pista, entrámos no meio de vários concorrentes e sofremos muito com o pó. Também perdemos tempo a ajudar uma equipa que tinha capotado e a procurar um trilho alternativo a um bloqueio da pista. Sem estes contratempos podíamos ter feito um pouco melhor, mas é o Dakar a ser o Dakar. Nós estamos a divertir-nos, temos consciência que temos muito a melhorar, mas estamos a cumprir com os objetivos. Amanhã, vamos continuar no mesmo registo e parece que já com dunas."

Menos sorte voltou a ter a dupla Mário Franco/Rui Franco. Se, a meio da etapa, a formação da Franco Sport já tinha ultrapassado quase metade dos adversários da categoria Challenger (recorde-se que tinha partido na derradeira posição), depois esteve mais de duas horas parada na pista. “Vínhamos a um bom ritmo, depois de ultrapassarmos vários adversários, mas ao km190, numa zona com zero visibilidade devido ao pó, não consegui evitar uma pequena saída de pista, que ditou a quebra de um triângulo de suspensão da frente”, justificou Mário Franco. “Perdemos mais de duas horas a resolver o problema e como já era de noite quando retomámos a prova, viemos a um ritmo moderado para não corrermos riscos e não excedermos o tempo que ditaria a nossa desclassificação. Agora é tempo de descansar e recuperar o melhor possível o carro para a etapa de 48 horas”.

Também inscrito pela Franco Sport, uma referência, ainda, para António Maio (Yamaha WR450 RALLY), que estabeleceu o 34º tempo na primeira etapa. O piloto, Major da GNR, perdeu cerca de 15 minutos numa zona trialeira, com a moto encaixada entre duas pedras.

A etapa de amanhã

O inovador formato de uma etapa cronometrada de 48 horas foi estreado, na edição de 2024, com o objetivo de equilibrar, mas também desafiar a resistência das equipas, enquanto percorriam mil quilómetros, em pleno deserto. É este o desafio que as equipas ainda em prova vão ter pela frente amanhã (domingo) e segunda-feira.

Quando o relógio marcar 17 horas locais, os participantes terão de, obrigatoriamente, parar na mais próxima das seis áreas de descanso existentes no percurso. A "névoa da guerra" envolverá a cena, com as equipas isoladas do mundo. Há quem vá ficar atento a novas chegadas, há outros que vão especular sobre os atrasos daqueles que não aparecem... Mas nada é certo. Tudo o que resta é aproveitar a experiência de acampar sob o céu estrelado, depois da partilha de um jantar espartano com rivais diretos. Na manhã seguinte, as ordens de partida serão dadas, ao romper do dia, em cada área de descanso. Embora as dunas não sejam tão assustadoras, as dificuldades vão ser grandes. A maioria dos participantes vai enfrentar cerca de cem quilómetros de dunas todos os dias. Os co-pilotos vão assumir um papel ainda mais importante.

Fonte / Fotos: Franco Sport

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Portuguesa Franco Sport com ambições no Dakar 2025


 A edição 2025 do Dakar, arraca dia 3 de Janeiro. 

A Franco Sport é uma das poucas estruturas portuguesas presentes na prova, é a sétima participação no mais longo e duro rali do mundo (2018, 2019, 2020, 2021, 2022, 2024 e 2025), alinhando com as duplas Mário Franco/Rui Franco e Pedro Gonçalves/Hugo Magalhães. 

Aos comandos de dois X-Raid YXZ 1000R, da categoria Challenger, os pilotos têm como grande objetivo terminar o mais longo e duro rali do mundo, não descurando a conquista de um bom resultado. 

O oito vezes campeão nacional de todo-o-terreno, António Maio, também beneficia do apoio logístico da Franco Sport, com o Major da GNR a alinhar aos comandos de uma moto da Yamaha.

A sétima participação no Dakar é o primeiro grande desafio da temporada deste ano da portuguesa Franco Sport. A equipa com sede em Alenquer vai participar nas cinco provas que integram o calendário do Campeonato do Mundo de Rally-Raid (W2RC), mas também no Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno.

Na edição deste ano do Dakar, a formação inscreve as duplas Mário Franco/Rui Franco e Pedro Gonçalves/Hugo Magalhães, ambas aos comandos de X-Raid YXZ 1000R. Um protótipo side-by-side desenvolvido com base no modelo de produção Yamaha YXZ1000R.

Com o primo Rui Franco como navegador, Mário Franco cumpre a terceira participação no Dakar. Depois de um 13º lugar (2022) e de um 25º (o ano passado), o piloto de Alenquer, campeão nacional de todo-o-terreno em 2018 (categoria TT2), admite: “Se terminarmos classificados no top10 será muito bom, mas o grande objetivo é mesmo chegarmos ao pódio final. É um rali muito duro e longo e dizem que a primeira semana promete ser verdadeiramente difícil. Por isso, vamos procurar vencer as adversidades, sem correr riscos desnecessários. O importante é também mostrarmos o potencial e a fiabilidade dos carros da X-Raid que representamos, em exclusividade, em Portugal, bem como o profissionalismo da nossa equipa, cada vez mais focada em reforçar-se como uma das referências da modalidade”.

Já Pedro Gonçalves estreia-se no Dakar. A paixão pelo desporto começou com as provas de resistência de ciclismo e de atletismo, bem como com o snowboard e o kitesurf. O interesse pelo todo-o-terreno de competição só chegou anos mais tarde. “É uma modalidade muito completa, que me dá tudo o que eu quero e preciso no desporto: resistência e adrenalina. Por isso, é que apesar de só agora estar a dar os primeiros passos no Rally-Raid, acho que andarei por aqui por muito tempo, até por contar com o apoio da minha família, da minha esposa, aos meus filhos. O entusiasmo é grande, sei que é todo um mundo novo para mim, daí que terminar o Dakar seja o meu grande objetivo”.

Com 47 anos, o empresário na área da tecnologia vai ter como navegador Hugo Magalhães. Também ele a efetuar a estreia no Dakar, mas um nome com créditos firmados nos ralis, mas também no todo-o-terreno, onde se sagrou campeão nacional.

A Franco Sport, está nesta edição do Dakar com 
2 pilotos + 2 ;
5 mecânicos + 1 chefe de mecânicos;
1 responsável de logística;
1 fisioterapeuta;
1 team-manager;
1 camião 6x6;
1 camião (Transwhite);
2 autocaravanas;
1 viatura 4x4 ligeira.

Para a Franco Sport, o Dakar é mais do que uma competição; é uma plataforma para demonstrar o desempenho dos protótipos X-Raid e o profissionalismo da equipa. Com os desafios extremos previstos para a primeira semana da prova, a formação está preparada para enfrentar terrenos inóspitos e condições extremas, representando Portugal, com orgulho, no mais longo e duro rali do mundo.

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