Se a dupla Pedro Gonçalves/Hugo Magalhães conquistou um positivo 28º tempo, na categoria Challenger, na etapa de abertura – e de estreia para ambos – do Dakar 2025, Mário Franco e Rui Franco perderam mais de duas horas, na sequência da quebra de um triângulo da suspensão do X-Raid YXZ 1000R. Um início de prova verdadeiramente infeliz para os pilotos da Franco Sport. Já António Maio (Yamaha WR450 RALLY) foi o 34º mais rápido, entre as motos.
A estreia no Dakar está a decorrer de forma positiva e sem sobressaltos para a dupla Pedro Gonçalves/Hugo Magalhães. Aos comandos do X-Raid YXZ 1000R inscrito e assistido pela Franco Sport, os pilotos estabeleceram o 28º melhor tempo da etapa entre os protótipos SSV da categoria Challenger.
"Missão cumprida!”, sublinhou Pedro Gonçalves, à chegada ao bivouac, localizado na cidade saudita de Bisha. “Até ao km150, a etapa decorreu de forma tranquila e a um bom ritmo. Logo a seguir caímos numa armadilha de navegação, juntamente com outras equipas e andámos perdidos cerca de 10 minutos. Quando regressámos à pista, entrámos no meio de vários concorrentes e sofremos muito com o pó. Também perdemos tempo a ajudar uma equipa que tinha capotado e a procurar um trilho alternativo a um bloqueio da pista. Sem estes contratempos podíamos ter feito um pouco melhor, mas é o Dakar a ser o Dakar. Nós estamos a divertir-nos, temos consciência que temos muito a melhorar, mas estamos a cumprir com os objetivos. Amanhã, vamos continuar no mesmo registo e parece que já com dunas."
Menos sorte voltou a ter a dupla Mário Franco/Rui Franco. Se, a meio da etapa, a formação da Franco Sport já tinha ultrapassado quase metade dos adversários da categoria Challenger (recorde-se que tinha partido na derradeira posição), depois esteve mais de duas horas parada na pista. “Vínhamos a um bom ritmo, depois de ultrapassarmos vários adversários, mas ao km190, numa zona com zero visibilidade devido ao pó, não consegui evitar uma pequena saída de pista, que ditou a quebra de um triângulo de suspensão da frente”, justificou Mário Franco. “Perdemos mais de duas horas a resolver o problema e como já era de noite quando retomámos a prova, viemos a um ritmo moderado para não corrermos riscos e não excedermos o tempo que ditaria a nossa desclassificação. Agora é tempo de descansar e recuperar o melhor possível o carro para a etapa de 48 horas”.
Também inscrito pela Franco Sport, uma referência, ainda, para António Maio (Yamaha WR450 RALLY), que estabeleceu o 34º tempo na primeira etapa. O piloto, Major da GNR, perdeu cerca de 15 minutos numa zona trialeira, com a moto encaixada entre duas pedras.
A etapa de amanhã
O inovador formato de uma etapa cronometrada de 48 horas foi estreado, na edição de 2024, com o objetivo de equilibrar, mas também desafiar a resistência das equipas, enquanto percorriam mil quilómetros, em pleno deserto. É este o desafio que as equipas ainda em prova vão ter pela frente amanhã (domingo) e segunda-feira.
Quando o relógio marcar 17 horas locais, os participantes terão de, obrigatoriamente, parar na mais próxima das seis áreas de descanso existentes no percurso. A "névoa da guerra" envolverá a cena, com as equipas isoladas do mundo. Há quem vá ficar atento a novas chegadas, há outros que vão especular sobre os atrasos daqueles que não aparecem... Mas nada é certo. Tudo o que resta é aproveitar a experiência de acampar sob o céu estrelado, depois da partilha de um jantar espartano com rivais diretos. Na manhã seguinte, as ordens de partida serão dadas, ao romper do dia, em cada área de descanso. Embora as dunas não sejam tão assustadoras, as dificuldades vão ser grandes. A maioria dos participantes vai enfrentar cerca de cem quilómetros de dunas todos os dias. Os co-pilotos vão assumir um papel ainda mais importante.
Fonte / Fotos: Franco Sport