quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Alpinista termina fase de treino antes da subida ao Vinson

 
Projecto “Escalar por uma causa” 
“Um metro… uma montanha de sorrisos”

 
O Alpinista Ângelo Felgueiras terminou a sua fase de treino, ao escalar o Aconcágua, para de seguida desfrutar da companhia da família, antes de iniciar o desafio Vinson.

Tal como nas duas escaladas anteriores, o Comandante da TAP, apoia novamente uma causa social com o objectivo de ‘vender’ cada metro de ascensão por um euro, para ajudar instituições de solidariedade: Associação do Moinho da Juventude, na Cova da Moura, Amadora (2007) e Escolinha de Rugby do ATL da Galiza, do Bairro do Fim do Mundo, em S. João do Estoril (2010).

Desta vez o desafio, ao qual se juntaram novamente a GROUPAMA Seguros (parceiro desde 2007) e a Fundação EDP (vai contribuir com um euro por cada euro associado), é apoiar o projecto Escolinha de Rugby da Damaia.

No sétimo dia de treino, Ângelo juntou-se a uma outra expedição, de 11 alpinistas, saíram para o cume às 5h30, unindo esforços para abrir caminho na neve, a temperatura rondava os dez graus negativos, e não havia vento.

Durante o percurso um elemento da expedição escapou à morte, ao vencer uma edema pulmonar severa. “Salvou-se graças a ajuda do seu guia que promoveu uma rápida evacuação de helicóptero”, desabafa Ângelo.

Após uma segunda paragem, em Independência, a 6400 metros, o alpinista Ângelo e a sua expedição começaram a ver “a sombra do Aconcágua projectada no horizonte. As montanhas à volta mudam de cor a cada segundo”.

Durante a grande travessia até Canaleta, os alpinistas colocaram os “crampons” (conjunto de picos/pontas destinados a serem presos à sola da bota do alpinista para permitir a sua progressão), na esperança de apanharem neve mais dura. Esta zona é recordada pelo Ângelo, como uma zona bastante ventosa “Uma das recordações que tenho da expedição de 2004 é das fitas da mochila a sacudirem, e por vezes, a baterem-me cortantemente na face.”

Após algumas horas, chegaram finalmente a Cueva, inicio da Canaleta e última paragem antes do Cume. Aqui colocaram os capacetes: “Para proteger de eventuais quedas de pedras, provocadas pelo vento ou por outro alpinistas.”

A 6800 metros de altitude, a 162 metros do cume decidiram voltar para trás, terminando assim a expedição, que parecia já tão perto, mas tão distante em tempo e esforço. Ângelo Felgueiras desabafa: “Aqui tive um misto de emoções, lamento muito que não tenhamos feito o cume, apesar de o merecermos. Esta subida e descida foram mais duras do que outras que já fiz com mais sucesso. Por outro lado, sempre prometi à minha família que nunca me colocaria conscientemente em perigo. Nunca tinha tido oportunidade de o demonstrar até aquele momento. Mesmo sentindo-me capaz, não sei qual teria sido o resultado de uma teimosia imprudente.”

Ângelo Felgueiras não hesitou em falar da Groupama Seguros, que o apoia desde 2007, e “é o melhor sponsor do mundo”, palavras do alpinista.

A descida demorou três horas até Cólera e o estado colectivo da equipa demonstrou quão foi acertada a decisão de voltar para trás. No dia seguinte, após uma noite de descanso, foram até Plaza de Mula, onde o Ângelo vai descansar junto da sua família, antes de iniciar a escalada até Vinson, e desta forma, terminar, esta aventura dos Sevens Summits.

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