terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Groupama - Volvo Ocean Race 2011/12



 
Boas condições na Cidade do CaboCabo da Boa Esperança – 120 milhas

Abu Dhabi – 4 200 milhas

O inicio da segunda perna da Volvo Ocean Race 1300 UTC começou este domingo, para um sprint de cerca de 4.500 milhas no Oceano Índico. Os seis VO 70 têm que passar o Cabo da Boa Esperança e rumar ao Cabo Agulhas numa primeira fase (120 milhas). O Groupama 4 teve um bom começo largando a barlavento da frota, no entanto o veleiro Abu Dhabi foi mais rápido no meio da linha de largada e assumiu o controlo na primeira perna junto a terra. A brisa ajudou que os seis barcos chegassem quase aos 15 nós com a vela grande cheia.

Franck Cammas e os seus homens rondaram a primeira bóia na segunda posição deste percurso preliminar que contou com quatro bóias. Infelizmente, o içar da vela grande a favor do vento, não foi totalmente terminado e o skipper do Groupama 4 viu-se forçado a abrandar o progresso do barco para endireitar a vela.

Caindo dois lugares, a tripulação de Franck Cammas continuou o seu caminho na esteira do Emiraltis, dos neozelandeses e dos americanos, enquanto o Sanya e o Telefonica já estavam a ficar para trás. Basicamente, a classificação e a separação entre os barcos não alterou muito durante este percurso.

Rumando na direcção do Cabo da Boa Esperança

Com o vento a soprar de sul, os seis barcos rumaram ao Cabo da Boa Esperança e ao Cabo Agulhas, a marcar a entrada no Oceano Índico, a cerca de 120 milhas da Cidade do Cabo.

Franck Cammas e a sua tripulação navegaram junto á costa depois de ter rondado a última bóia numa tentativa de apanhar uma brisa favorável: Alguns minutos depois passaram à frente do americano Puma. Quando passaram para o terceiro lugar, deixaram para trás o Abu Dhabi e o Camper.

Este passeio preliminar foi uma introdução, uma vez que estava programada ser uma tarde animada e uma noite muito agitada. De facto, os cerca de vinte nós de vento estavam com um swell de oeste e na aproximação do Cabo da Boa Esperança, o mar foi-se tornando mais áspero devido á forte corrente do Cabo Agulhas. Este fenómeno oceanográfico deve-se á água morna de Madagascar, cuja corrente pode exceder três nós na superfície. Além disso uma corrente de água fria proveniente do Atlântico torna o mar sul africano caótico.

Terça-feira será o dia mais complicado, as depressões vão-se juntar numa zona de transição com ventos fracos, antes de aparecerem os constantes ventos de leste gerados por uma vasta zona de alta pressão a sul de Madagascar.


Risco de Pirataria

Para lidar com o risco de pirataria ao largo da Costa da Somália, o Director da competição Jack Lloyd publicou o comunicado em que revela um corte na transmissão de posições durante esta segunda etapa. “ Com o risco de pirataria sendo uma preocupação crescente no Oceano Índico, o gestor da prova optou por aplicar um plano anti-pirataria para o sistema de rastreamento dos barcos da cartografia durante a próxima perna da Volvo Ocean Race. Desta forma as seis tripulações serão acompanhadas pela cartografia até atingirem um ponto secreto no Oceano Índico, até que em determinada altura mudam para o modo “furtivo”.Projectado para garantir a segurança da largada, o Director Jack Lloyd, não revelou em que ponto o sistema de rastreamento dos barcos da cartografia vai mudar para o modo confidencial, onde apenas a distância do líder será revelado. O serviço normal será retomado após alguns dias. Os seis Volvo Open 70 terão que ir para um porto secreto onde serão carregados num navio, devidamente protegidos por guardas armados, de seguida serão novamente transportados para um segundo porto secreto, para desta forma retomarem a regata com destino a Abu Dhabi.”

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