sexta-feira, 3 de agosto de 2012

CRAV na Elite do Rugby Nacional


Com o aumento da Divisão de Honra de oito para dez equipas, na época 2012-2013, o Clube de Rugby de Arcos de Valdevez (CRAV) garantiu um lugar no Top 10 do rugby português e volta a competir ao mais alto nível na próxima temporada. Assim, CRAV e Cascais, os primeiros classificados da I Divisão, juntam-se agora ao Benfica, Académica de Coimbra, Direito, Agronomia, Belenenses, Técnico, CDUL e CDUP, naquela que promete ser uma época de grandes emoções.

Para o CRAV, “fazer parte do super 10 nesta altura é uma oportunidade única”. Quem o diz é Miguel Correia, um dos treinadores da equipa sénior arcuense. “O clube quer estar entre os melhores, pois com 31 anos de existência sente que já atingiu um patamar que lhe permite sentar-se à mesa com os melhores clubes do rugby português. Os seniores, em qualquer clube, são o sector “montra”, ou seja, são o sector com mais visibilidade, o que faz com que a angariação de apoios reflita muito a capacidade da sua equipa sénior estar, ou não, entre os melhores”, comenta o técnico. “Por outro lado, a nível das camadas jovens e mesmo do feminino, ter uma equipa onde se revejam e da qual queiram, um dia, fazer parte é um estimulo para a sua continuação neste desporto”, acrescenta.

O CRAV afirma-se como único representante do Minho no Top 10 e um dos dois únicos a norte do Mondego, a par do CDUP. Miguel Correia explica este facto referindo que “existem poucos clubes com capacidade organizativa, estrutura técnica, número de atletas de qualidade e instalações desportivas que permitam a sua participação num campeonato com esta qualidade competitiva”.

Nuno Vaz, treinador principal da equipa sénior, concorda que esta é uma boa oportunidade para o CRAV reforçar a sua imagem no panorama do rugby nacional. Porém, refere que no Top 10 “é mais difícil haver oportunidades para se fazer a renovação que a equipa precisa neste momento”. Para além disso, o técnico ressalva o desgaste a que a equipa vai estar exposta, uma vez que “participar neste campeonato, só na fase de apuramento, significa percorrer 7000 km e passar sete fins-de-semana completos em Lisboa”.

 

Para assegurar a participação do CRAV no Top 10 e garantir o sucesso da equipa sénior frente às melhores equipas nacionais, Miguel Correia afirma que “o grande desafio do CRAV passa pela angariação de apoios que lhe permitam fazer face às despesas que um campeonato deste género tem, com muitas e longas deslocações, e conseguir criar melhores condições para oferecer aos seus atletas”. Assim sendo, e tendo em conta que esta época deve ser organizada ainda com mais rigor, o clube tem procurado junto de varias instituições assegurar as condições mínimas para uma participação condigna da equipa sénior no Top 10, apesar de reconhecer o facto de “não lutar com as mesmas armas” que as restantes equipas desta divisão.

Quanto à constituição da equipa, os técnicos do CRAV adiantam que “existem várias conversações a decorrer no sentido de reforçar a equipa, mas ainda não existe nada de concreto para divulgar”.

Modelo Competitivo


As cinco melhores do ranking nacional apenas jogam entre si fora dos períodos de atividade da seleção nacional.

Na fase eliminatória a luta pelo título é alargada às seis primeiras classificadas. Assim sendo, enquanto os dois primeiros classificados estão automaticamente apurados para as meias-finais, o terceiro classificado defronta o sexto, e o quarto joga com o quinto, numa eliminatória prévia. Os jogos serão realizados em casa daquelas equipas que tiverem conquistado melhores posições na tabela classificativa.

Os vencedores desta eliminatória prévia defrontarão, então, nas meias-finais, os dois primeiros da fase inicial. Os quatro últimos da tabela classificativa encontram-se da seguinte forma: o sétimo joga com o décimo e o oitavo com o nono. No final, os dois derrotados destes jogos defrontam-se numa final que irá decidir qual a equipa que desce de divisão.


Fonte: CRAV

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