Em apenas cinco dias, o Dakar 2025 já fez muitas vítimas, inclusivamente entre as equipas oficiais. Apesar das dificuldades, os pilotos da estrutura portuguesa Franco Sport continuam a cumprir a sua missão com enorme determinação e resiliência: na etapa de hoje, a dupla Pedro Gonçalves/Hugo Magalhães foi a 26º mais rápida, entre os concorrentes da categoria Challenger, enquanto os primos Mário e Rui Franco (também num X-Raid YXZ 1000R) estabeleceram o 30º melhor tempo. Já António Maio (Yamaha WR450 RALLY) foi 31º, entre as motos. Amanhã, os pilotos têm pela frente o primeiro dia da etapa maratona.
Está a participar, pela primeira vez no Dakar e só há dois anos é que descobriu a modalidade do todo-o-terreno. Mas apesar da inexperiência, Pedro Gonçalves e o navegador Hugo Magalhães (também ele um estreante na prova) têm conseguido ultrapassar todas as adversidades. No final da terceira etapa disputada, hoje, entre Bisha e Al Henakiyah, os pilotos inscritos e assistidos pela Franco Sport ocupam o 32º lugar entre os protótipos SSV da categoria Challenger.
"Que aventura! Estamos verdadeiramente exaustos. Na etapa de 48 horas atascámos imensas vezes, mas em momento algum pensámos em desistir. Dizem que este é o Dakar mais duro (pelo menos) da história recente, mas nós estamos cada vez mais determinados em terminar. É inacreditável o que os carros sofrem e também os mecânicos. Os da Franco Sport têm sido inexcedíveis e fica o meu enorme respeito e admiração pelo trabalho que têm desenvolvido".
Os cinco primeiros dias do Dakar não foram particularmente felizes para os primos Mário e Rui Franco. No prólogo e na primeira etapa, dois toques em pedras obrigaram os pilotos a prolongadas reparações do X-Raid YXZ 1000R, em pista. Na etapa de 48 horas, também foram vários os percalços, mas o também responsável da Franco Sport confidencia. “Não raras vezes penso que é demasiado duro para quem não é profissional ou para quem tem o azar de não partir dos lugares da frente. Nestas condições, o divertimento é nulo, mas, para estes, se calhar os responsáveis do Dakar querem que seja apenas uma prova de superação. Com apenas quatro dias de prova, já são muitas as desistências, mas nós continuamos a resistir. Cansados, mas muito determinados em vencer todas as adversidades. Amanhã, vai ser mais um dia difícil. Uma etapa maratona, em que vamos estar por nossa conta no que diz respeito à assistência. Vamos ver como as coisas correm”.
Também inscrito pela Franco Sport, uma referência, ainda, para António Maio (Yamaha WR450 RALLY), que estabeleceu o 31º tempo na etapa de hoje. O piloto, Major da GNR, ocupa a 28ª posição na classificação geral.
A etapa de amanhã
Por mais difíceis que tenham sido os primeiros dias, o de amanhã também não vai ser para vacilar. O primeiro dia da etapa maratona, com 588 quilómetros de extensão (415 cronometrados) vai ser uma jornada desafiadora. Os participantes devem estar atentos ao terreno vulcânico. Muito técnicos, os trilhos que vão levar a AlUla mergulharão o pelotão nos magníficos cânions pelos quais a região é famosa. O controlo de chegada vai ser montado no bivouac, que será inacessível para veículos de assistência. Umas peças e umas ferramentas vão ser a única ajuda dos pilotos ainda em prova.
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Fonte / Fotos: Franco Sport
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