sábado, 5 de dezembro de 2009

Eleições Federação Portuguesa de Judo



Eleições dos Órgãos Sociais

da Federação Portuguesa de Judo

O acto eleitoral para a FPJ está marcado para o próximo 8 de Dezembro, pelas 14h00, no Auditório do Complexo das Piscinas do Jamor, concorrem a este acto eleitoral duas listas, uma encabeçada pelo actual presidente Eng.º António Lopes Aleixo, lista A e a lista B apresentada, pelo Prof. Jorge André Ferreira, (cinco órgãos).

A Jogada do Mês foi junto dos dois candidatos (Lista A e B) saber como podem contribuir no sentido de dar a conhecer ao o publico em geral o que se passa “no reino” da FPJ.

Entrevista com o Eng.º António Lopes Aleixo

O candidato é o actual Presidente da Federação de Judo, está a frente dos destinos da Federação há 12 anos. Durante este período o judo obteve vários títulos e chamou a si a organização de vários eventos internacionais.


JMDepois de 12 anos á frente dos destinos da FPJ qual é, na sua opinião, a imagem que a modalidade tem junto do grande público?

ALA – Acho que é uma imagem muito valorizada, porque a modalidade nestes 12 anos, atingiu um nível muito elevado, atingiu objectivos nunca antes alcançados, mesmo no número dos atletas federados que aumentou de 7000 para 12300 hoje, a maior subida foi nos primeiros anos. A modalidade tornou-se mediática, e os nossos atletas estão sempre na ordem do dia.

JM-Qual o melhor momento que passou neste período?

ALA – Felizmente houve vários. Quando viemos para a Federação, a ideia é que era difícil os atletas portugueses chegarem às medalhas. Lembro-me que logo da primeira prova que acompanhei o Pedro Caravana conseguiu a medalha de bronze no Europeu, depois disso tivemos o momento alto nos JO com o Nuno Delgado e outros se seguiram desde Campeonatos da Europa e do Mundo com participações a alto nível. Graças ao esforço dos atletas e FPJ vieram também para Portugal a realização de provas internacionais.

JMNo actual panorama da sociedade civil e desportiva, que futuro para o JUDO até 2012?


ALA - A verdade que a sociedade civil colabora, mas gostava ver uma outra resposta, pois surgem resultados dos nossos atletas, aí esperava mais apoios, pois o futuro não pode passar por um apoio quase exclusivo do Estado, não só não é bom, como ficamos dependentes de uma só entidade. Custa a entender como é mais fácil a uma empresa, apoiar um atleta do que apoiar a FPJ. Assim vejo o futuro muito complicado, se já era difícil, agora as empresas alavancam a situação/crise para não poder ajudar a Federação. Para o ano vai implicar uma negociação com o estado, os novos contrato-programa para Londres 2012, teremos de falar com o nosso parceiro estado. Mas temos massa humana para lá chegar.

JM – FPJ e os média?



ALA - Nesse campo, não temos sido muito mal sucedidos. Quando eu penso naquilo que era quando vim para a federação e o que é hoje, é uma mudança como do dia para a noite, tínhamos com alguma dificuldade em divulgar notícias sobre o JUDO, e hoje não, surgem noticias sobre a modalidade com frequência.

JM E as eleições quais são as expectativas para a candidatura?

ALA - Em relação ao acto eleitoral, a razão da minha recandidatura deve-se ao facto de me terem estimulado a o fazer, pensava que já tinha cumprido e bem, e também acho que deve existir alternância, mas nós sentimos que a imaginação continua a funcionar, por isso pensei maduramente no assunto e aceitei recandidatar-me, e com todos os contactos feitos na altura e os efectuados depois , a não ser que exista uma surpresa muito grande, creio que ganho as eleições por uma larga margem.



Mensagem :

As pessoas venham experimentar/praticar o JUDO, é uma das modalidades em termos físicos é uma das mais completas que existe, estimula os reflexos, e no aspecto formativo é das modalidades que ajuda a formar a personalidade dos jovens.


Entrevista com o Prof. Jorge André Ferreira





O candidato é licenciado em Educação Física, exerceu as funções de professor de educação física e de judo, esteve mais de 20 anos na Escola D.João V, esteve ligado ao INATEL como coordenador Nacional de Judo do INATEL, desenvolveu vários projectos e organizou várias provas nacionais e internacionais, estas inseridas numa organização internacional – a Confederação Desportiva Internacional no Trabalho, onde foi Presidente da Comissão Técnica de Judo durante 20 anos. Hoje é presidente honorário dessa comissão.

JM – Depois de 12 anos da mesma direcção a frente dos destinos da FPJ qual é na sua opinião a imagem da modalidade junto do grande público?

JAF– Acho que é a imagem dos atletas que conseguiram resultados muito bons que tivemos, seja o Pedro Soares, o Nuno Delgado ou a Telma Monteiro. Creio que nós os portugueses somos muito particulares, ás duas por três surge uma força da natureza, e que minimamente aproveitada consegue chegar a patamares que são impensáveis numa estrutura menos organizada. Mas infelizmente a imagem que passa esses bons resultados não traduz e não implica um desenvolvimento efectivo da modalidade.

JM-Como concretizar melhor esses resultados?

JAF – Eu julgo que o surgimento destes resultados a nível internacional, não é obra do acaso, mas foi fruto de forças da natureza, e do trabalho de atletas e treinadores de clube, que se dedicaram de alma e coração a esta missão. Mas a alternativa, para não existir esses acasos da natureza, tem que existir um trabalho sedimentado de desenvolvimento e articulação entre as estruturas federativas as associações e os clubes.

JM – No actual panorama da sociedade civil e desportiva, que futuro para o JUDO até 2012?

JAF - Para o grande público o que é visível é os resultados, mas o trabalho que está por trás e a garantia do Judo no futuro não está assegurado. A verdade, o futuro da modalidade depende do resultado do dia 8. Estão em jogo dois projectos, um projecto é continuidade do que está, o outro uma alternativa, com base no diálogo, na abrangência, e na escolha correcta dos técnicos mais competentes, no diálogo com os clubes. Um projecto articulado com todos os sectores federativos. Se a escolha for o projecto da lista A, vem aí o descalabro, sem articulação, diálogo com os clubes, sem uma sponsorização bem estruturada penso que os resultados Londres 2012 serão um desastre.

JM – Como será o futuro do Judo com a Lista B?

JAFO objectivo futuro será o ouro olímpico em 2012 em Londres, se vencermos, se conseguimos levar a cabo o projecto que temos, de articulação entre todos os sectores federativos quer na área económica (orçamento exequível), chamar as pessoas certas para os lugares certos, o desenvolvimento carreira dos treinadores e organização do plano de trabalhos das selecções, é óbvio que esse objectivo será atingido. Esta opção implica alterar o relacionamento entre as partes que estão no planeamento desse objectivo (Londres 2012). É preciso criar um dinâmica diferente da actual. Financeiramente temos de ter uma transparência muito clara em relação aos dinheiros públicos. Recuso aceitar que de facto existam situações de privilégio, somos por uma abrangência de todas as pessoas ligadas ao judo, e não por uma política de uns recebem outros não. O que se deve fazer, é que cada pessoa que receba nem que seja um cêntimo terá de ter uma prestação a fazer.

JM – FPJ e os média?

JAF – Terá de ser a Federação e ter o processo de sinergias junto da comunicação social, bem como do merchandising de forma a tornar o produto JUDO mais vísivel. Aproveitar mais os atletas como cartão de visita da modalidade e reverter esse valor em apoios à formação.

JM – E as eleições as perspectivas?

JAF - Em relação ao acto eleitoral, temos a situação de quem tem o poder de gerir o acto eleitoral também é candidato, ou seja está nas mãos da MAG. Fomos impedidos de ter acesso à lista dos delegados eleitos, alegadamente por confidencialidade da base de dados. Por todos os apoios expressos, quer através de mensagens no nosso site, quer junto de associações que nos apoiam quer por chamadas telefónicas, apontamos para uma vitória no dia 8 de Dezembro.

Pelo espírito de missão candidato-me, a presidente da FPJ, a situação financeira calamitosa da federação, estou aqui e vou para lá com este espírito de missão, a missão é muito complicada, posso comprometer-me a disponibilidade e o Know-how para estar todos os dias, para dar resposta a todos os projectos e todos os pedidos, ideias e execuções, quer para dizer sim quer para dizer não, se houver não para dizer sou eu que vou lá estar cara a cara para o dizer. Depois de 8 de Dezembro espero o inicio de um novo ciclo no judo português

Mensagem :

O judo é meio de formação de eleição. Os pais e a família tem de estar muito atentos aos meios de educação . É mais fácil deixar os filhos em frente á televisão ou playstation, há necessidade de contrariar essa tendência, o investimento no judo vai trazer dividendos no futuro, imensuráveis. A gente nova precisa de um norte, o judo pela sua essência pela sua filosofia, o saber ganhar e perder, e relacionamento com os outros é útil no futuro.

Photo: JCSERV / JCMyro


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