segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Campeonato da Europa RS:X 2012





Regatas adiadas: Vento Sudoeste apareceu por pouco tempo

Funchal, 23 de Fevereiro a 1 de Março


Tudo parecia a postos para que esta segunda-feira as regatas do Campeonato da Europa RSX começassem à hora prevista - 11h da manhã - mas o vento voltou a fazer das suas e não apareceu. As regatas foram sendo diferidas até ao princípio da tarde altura em que o Sudoeste tentou dar um ar da sua graça e levou organização e velejadores para o campo de regatas montado em frente à “Pontinha”.

Os 79 velejadores acabaram por ter duas largadas anuladas uma vez que o vento não atingia os seis nós obrigatórios da classe. A Comissão de Regatas ainda esperou algumas horas no mar numa tentativa de cumprir calendário mas acabou por mandar os concorrentes para terra. Até às 17h59 é sempre possível dar largadas mas as velas acabaram por ficar em terra e o espectáculo, que os jornalistas estrangeiros que acompanham a prova queriam registar em imagens, ficou adiado para esta terça-feira. 
O velejador João Rodrigues explicou que quem anda na competição sabe que esta situação acontece. “É normalíssimo isto acontecer. Quem anda na competição sabe muito bem que é normal. Uma vez em Itália esperámos 8h00 na água até o vento aparecer e nos Jogos Olímpicos esperámos dias inteiros pelo vento. Tenho pena que ontem não tivéssemos aproveitado o bom vento que se fez sentir mas a classe decidiu fazer dia de descanso. Deviam ter ouvido os locais que conhecem bem as ‘meteorologias’ da zona” explicou o atleta luso.

Imagens da Madeira espalhadas pelo Mundo

A organização conta com uma equipa de filmagens que acompanha todas as competições a nível mundial, formada por ex-velejadores: “Temos dois balões pequenos onde montamos as câmaras que por sua vez são telecomandadas a partir do barco onde estamos. O operador tem uns óculos/ecrã que permitem controlar tudo o que está a ser filmado. Só quando o vento ultrapassa os 30 nós é que temos que ter muito cuidado. De qualquer forma, pelo facto de sermos velejadores temos a sensibilidade dos ventos e do que devemos fazer para não atrapalhar. Um helicóptero a filmar em cima de uma linha de largada não agrada nada aos concorrentes, faz um vento que atrapalha tudo. Assim não incomodamos a competição e temos imagens fantásticas”, explica Jason, responsável pela empresa grega.

Hugo Santos, responsável pela área de mar da competição, tem a seu cargo todas as embarcações que apoiam o barco do júri: “Saímos muito cedo para o mar e medimos a intensidade do vento nas três áreas possíveis de regata. Depois reunimos com a comissão de regata e vemos qual o campo que vamos utilizar. Antes de ir para o mar fazemos um briefing diário com toda a equipa para acertar alguns pormenores”.

Quando o vento está forte os velejadores usam a vela mais plana, quando está fraco a vela tem que estar mais abaulada mas hoje nada funcionou e os concorrentes ficaram pelo posto de S. Lázaro. O mínimo de vento permitido nesta classe é força 5 e o máximo de 30 nós, recordamos que a prancha pesa 15 kg, tem três metros de comprimento e os concorrentes têm habitualmente quatro/cinco velas e duas pranchas para a competição.
Fonte: AnaLima Comunicação

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