quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Esclarecimento noticia Portugal- Brasil


A propósito do jogo Portugal vs Brasil em Corfebol recebemos um email de Marcello Bepi Soares, Presidente da Abrako (Associação Basileira de Korfball) onde se mostra surpreendido pelo facto da realização do jogo e os termos que foi apresentada a presença de equipa brasileira, por isso publicamos na integra o email para conhecimento dos nossos leitores

"Recentemente fiquei sabendo através do site da FPC sobre o jogo Interland entre Brasil x Portugal, que me causou certa estranheza e espanto, haja visto, os contatos telefônicos que mantivemos em 2012, em termos de parceria entre os países de língua portuguesa e o trabalho desenvolvido no Brasil.

Então, o motivo que me faz enviar esse email é obter alguns esclarecimentos por parte dos co-irmãos portugueses para que possamos ter uma noção real do que acontece no momento.

O time da FCERJ não é uma seleção, nem do estado do Rio de Janeiro, visto que temos 3 times ativos de Petrópolis (EPK, Estácio e Colégio Santo Agostinho), muito menos uma seleção brasileira, pois a única jogadora do time, que está em Lisboa, e que não mora no Rio de Janeiro disputou o Campeonato Brasileiro pelo time, que naquela altura se chamava Grêmio UFRJ-Rio conforme fica evidente na página do panorama do korfebol brasileiro publicado em dezembro de 2012.

Visto que a equipe que se apresenta como a “seleção brasileira” não representa nem seu estado e muito menos seu país na totalidade, ela está ilegalmente se autoproclamando seleção, sendo que não possuía um técnico oficial antes de sua chegada à Portugal, não havendo informação e principalmente convocatória aos outros atletas de korfebol de todo país. Fazendo com que, em um paralelo futebolístico, o time do Barcelona FC se proclamasse como o selecionado espanhol, sendo que não é nem a seleção do estado da Catalunha.

Entendemos que a FPC possa estar sendo ludibriada e isto pode causar alguma instabilidade legal, visto que pelo estatuto da IKF a seleção ou time promotor de um jogo também pode ser punido, caso receba um time “ilegítimo”.

Isto seria catastrófico não apenas para a FPC e IKF, pois o não cumprimento do estatuto é uma falta grave passível de consulta ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS-CAS) em Lausanne na Suíça. O que seria terrível para o nome do esporte que visa adentrar ao patamar de esporte olímpico.

Uma sugestão para que este imbróglio não gera conseqüências complexas, seria anunciar no site e demais mídias, além de incluir na súmula que o jogo não é entre Brasil x Portugal e sim entre FCERJ (ou se e equipe preferir utilizar seu nome antigo) x Portugal e que o uniforme utilizado por eles seja o número 2,(azul e branco) que são as cores da bandeira do estado do Rio de Janeiro, pois caso contrário, a utilização das cores do pavilhão brasileiro (verde e amarelo) indicariam uma representatividade que esta equipe não tem legalmente, nem dentro e muito menos fora do país. Podendo sofrer sanções na esfera do direito brasileiro, visto que nem são a única entidade do esporte no país, conforme documento em anexo."

Por motivos técnicos não nos é possível publicar o documento referido, mas após este email a Jogada do Mês apurou que a IKF - Federação Internacional de Korfball reconheceu e validou o evento (surgido mesmo pela sua iniciativa e que contou com o apoio da FPC), no reconhecimento da maior importância do mesmo no trabalho de desenvolvimento e crescimento do Corfebol no Brasil.
Assim fica feito o esclarecimento que achamos de todo importante para que não fique dúvidas sobre a capacidade organizativa de um de desporto em franca expansão e que tem na Federação Portuguesa de Corfebol um dos seus maiores valores.


Texto:
Jorge Martins 

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