sexta-feira, 13 de julho de 2012

Veleiros Lusos nas “The Tall Ships Races”


Escasseiam os dias para a chegada dos grandes veleiros que cumprem a primeira perna da regata que liga Saint-Malo, França à cidade de Lisboa. A partir do dia 19 de julho estarão atracados na margem do Rio Tejo, entre o Terreiro do Paço e Santa Apolónia, 48 veleiros que têm a bordo mais de 3.000 tripulantes que trarão à capital uma nova cor e ânimo.

Portugal é o um dos três países que melhor representará a frota das “The Tall Ships Races”, com seis embarcações inscritas, viva prova que a ligação dos portugueses ao mar não se apaziguou. Os emblemáticos Navio-Escola Sagres, Creoula, Caravela Vera Cruz e Santa Maria Manuela estão presentes, assim como dois veleiros das classes D – 12,30m e classe C 14,04 metros que depois do desfile rumam até mares já muito, por nós, navegados neste caso o Oceano Atlântico.

E porque não é só de embarcações de grande calado que a frota portuguesa é constituída, o Veloce e o Vela Nautica II fazem parte do lote de 31 veleiros de classe C e D. José Inácio, um velejador já acostumado a azáfamas marítimas declara: “já perdi a conta às regatas que fiz. Perto de vinte. Desde 1992, nos Estados Unidos, aquando das comemorações do descobrimento da América que não parei”. O skipper do Vela Nautica II, fará a perna Lisboa-Cádis, uma embarcação de classe C, levando a bordo mais cinco tripulantes. A representação lusa conta também com António Pereira, da comissão diretiva da APORVELA, Skipper do Veloce, que fará, como José Inácio, a viagem até Cádis.

uno Comélio da Silva, comandante do Creoula, um lugre de que recentemente completou 75 anos, descreve toda a envolvência da regata como “um evento de uma magnitude fantástica e que representa o expoente do gosto pelas coisas do mar”. A premissa das “The Tall Ships Races” foca-se no embarque dos jovens nos veleiros, fornecendo-lhes treino de mar com intuito de proporcionar uma aventura inesquecível. Nas palavras do comandante do Creoula a “amizade e camaradagem, a alegria e, claro, a beleza destes navios” são o espirito do evento. O comandante do Santa Maria Manuela, António São Marcos, descreve esta participação como um “chamamento” reforçando que “desempenho a função com espírito de missão no sentido de reiniciar uma escola há muito perdida de navegação à vela em grandes veleiros da Marinha Mercante”.

“Trata-se de uma experiencia riquíssima. Quem vai já não quer voltar”. Estas são as palavras de António Lobato, director da APORVELA o Homem do leme da Caravela Vera Cruz, construída no âmbito das comemorações do descobrimento do Brasil. Réplica das antigas caravelas portuguesas, a Vera Cruz, tem como propósito essencial a criação de condições para a prática do treino de vela e da participação em provas e eventos náuticos.



O Navio-escola Sagres construído na cidade Hamburgo a norte da Alemanha em 1937, escassos anos prévios da 2ª grande guerra, foi adquirido por portugal em 1961. Pertencente à Marinha Portuguesa, este veleiro assegura a formação marinheira de futuros oficiais. Além da missão relacionada com a instrução dos cadetes, o navio-escola é também regularmente utilizado na representação Marinha e do País. Em 2012 a “Sagres” comemora 50 anos ao serviço da Marinha portuguesa e, tal como o Creoula e Santa Maria Manuela, 75 anos de vida naval.

Para além do número positivo de embarcações nacionais, o número de jovens envolvidos, este ano, no “The Tall Ships” é de 220. Mais de duas centenas de afoita mocidade lusa figura nas inscrições do evento divididos por 11 embarcações, portuguesas e estrangeiras. 
 
Fonte: AnaLima Comunicação

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