quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Portugal eliminado no prolongamento


Triste fado luso

Portugal falhou esta quarta-feira, de uma forma muito frustrante, a qualificação para as meias-finais do Mundial da Tailândia ao perder frente à Itália, por 3-4, após prolongamento, depois de ter alcançado uma vantagem de três golos.

Endiabrado, Ricardinho assinou um “hat-trick” na primeira parte (1’, 11’ e 11 e 8’’), mas depois, no final jogo, durante o flash-interview, lamentou que a Selecção Nacional tivesse dado uma má imagem na etapa complementar, criticando nomeadamente a incapacidade evidenciada pela equipa por não ter conseguido segurar uma vantagem tão preciosa que ele soube construir com o seu talento individual.


Relembre-se que já no jogo com o Japão, na fase de grupos, Portugal também havia deixado escapar uma vantagem tão “gorda” – empate a cinco bolas depois de ter estado a vencer por 5-1 -, demonstrando claras dificuldades perante a situação de guarda-redes avançado como, de resto, veio igualmente a acontecer neste jogo dos “quartos” com os transalpinos.


Altos e baixos


Mentalmente muito forte, a Itália, que nunca perdeu com Portugal em 15 jogos realizados, reduziu para 3-2 a dois minutos do fim numa situação de guarda-redes avançado (golo de Lima) e, um minuto depois, chegou ao empate também num 5 contra 4 por intermédio de Fortino, aproveitando a falta de agressividade defensiva do conjunto de Jorge Braz.


Portugal abanou nitidamente com a recuperação italiana na fase derradeira do tempo regulamentar e, passados apenas dois minutos do prolongamento, sofreu o quarto golo (tento de Humberto Honório) sem resposta que ditou a eliminação da prova, falhando assim a possibilidade de igualar o seu melhor registo em campeonatos do Mundo (meias-finais no Mundial da Guatemala, em 2000).


Depois das boas indicações deixadas no jogo dos “quartos”com o Paraguai, e face ao que se tinha passado na primeira parte do duelo com a Itália, nada fazia prever que Portugal voltasse às exibições de altos e baixos. E na fase do “mata-mata”, da mais importante competição do Mundo, não pode haver tantos altos e baixos...


Texto de Vitor Pinto

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